O estudo da evolução química pela paleontologia das galáxias

Marielli de Souza Schlickmann

Os elementos químicos são transformados no interior estelar, por isso, a taxa com que as estrelas são formadas nas galáxias, dita a maneira como essas evoluem quimicamente. O estudo da evolução química, pela paleontologia das galáxias, ou seja, pela decomposição espectral em populações estelares simples, mostrou que há uma forte correlação entre massa estelar (M$_*$) e metalicidade (Z) do gás. A introdução da taxa de formação estelar (SFR) atual nas galáxias, calibrada pela luminosidade de H$_\alpha$, mostrou posteriormente que M$_*$, Z e SFR também estão fortemente correlacionadas. Nesse trabalho introduzimos a SFH – SFR como função do tempo – à relação M$_*$ — Z. A SFH é um produto do código de síntese espectral de nosso grupo o {\sc{starlight}}, que pode nos levar ao passado da formação estelar das galáxias. Os resultados preliminares indicam que em galáxias com maior massa estelar, a formação estelar aconteceu mais rapidamente, por isso essas galáxias apresentam hoje maior metalicidade. Já em galáxias com massa estelar menor, as estrelas se formaram mais lentamente. Estamos trabalhando para aumentar nosso conhecimento sobre a influencia das condições ambientais nas galáxias nesse cenário.